O surpreendente aquecimento do mercado de trabalho, superando as expectativas, tem sido uma boa notícia para a atividade econômica. No entanto, também representa uma das principais preocupações do Banco Central. Isso se deve ao fato de que, embora reflita uma economia em ascensão, trazendo mais renda e aumento do consumo, um mercado de trabalho tão aquecido como o atual pode gerar pressões inflacionárias adicionais e dificultar a redução das taxas de juros, conforme apontam os especialistas em economia.
Além de outros fatores, como mudanças nas metas fiscais e na política monetária nos Estados Unidos, que adicionam pressão às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), o baixo desemprego e o crescimento dos salários continuam a ser desafios significativos para o Banco Central na sua política de redução da taxa Selic.
Em um recente relatório enviado aos clientes, o banco Citi Brasil ressalta que a taxa de desemprego atual de 7,6% — a mais baixa desde o primeiro trimestre de 2015 — e o aumento real dos salários evidenciam o nível de restrição das condições do mercado de trabalho no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário