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Copa no Catar: Imprensa israelense sofre embargo

Imprensa sofre embargo

Jornalistas do Estado de Israel estão tendo bastantes obstáculos para conseguir noticiar os acontecimentos referentes à Copa do Mundo no Catar, vários apreciadores que se encontram no país tem se abstido em se comunicar com jornalistas, enquanto outros optaram por tratar com agressividade os meios de divulgação de notícias israelense.

Tal fato tem sucedido, sobretudo, devido as constantes acusações de transgressões dos direitos humanos empreendidas pelo Estado israelense contra o povo palestino, a título de exemplo, o desrespeito à resolução da ONU da parte do Estado de Israel onde de maneira contínua costuma avançar sobre os territórios vizinhos e constrói assentamentos estabelecendo residência para civis israelenses ou bases militares ilegais nas regiões tomadas na Cisjordânia.

Assim como a grande maioria dos torcedores, sejam eles nativos ou estrangeiros, são de origem árabe, há uma enorme identificação e adesão no que se refere à causa da população palestina. A solidariedade dos países vizinhos à Palestina se deve também ao fato de muitos palestinos serem adeptos do islamismo. Isso não se resume tão somente aos torcedores como também aos jogadores, tal qual sua torcida os jogadores da seleção marroquina ergueram dentro do campo a bandeira palestina, isso ocorreu logo depois da vitória da seleção do Norte da África contra o Canadá.

Única democracia do Oriente Médio

Protestos Israel

O Estado sionista é sempre definido pelos seus representantes como um estado judeu, ou um lar nacional para todo o judeu do mundo. Para além dessa definição, colocam-se da mesma maneira como um estado democrático. Isso se deve ao fato que, diferentemente dos seus vizinhos, o Estado israelense garante a sua população as liberdades aos moldes ocidentais.

O Estado de Israel possui uma grande participação feminina na esfera política, na economia, na educação, na cultura e nas forças armadas, as mulheres possuem direito ao aborto que é legalizado e garantido pelo Estado, elas também gozam quase que em pé de igualdade com os homens dos direitos fundamentais, exceto

no divórcio, pois não há casamento civil em Israel, ficando a cabo dos religiosos a inspeção e execução seja na união ou na cisão dentre ambas as partes.

As demais minorias ligadas ao movimento LGBTQIA+ podem viver livremente e também possuem o direito de se manifestarem publicamente, um casal de judeus homoafetivos que vivem em algum outro país podem imigrar para Israel e possuírem dupla cidadania se assim quiserem, se forem nativos têm a união civil reconhecida, o mesmo ocorre se um dentre os cônjuges não for judeu.

Os judeus negros também são um fato que é necessário salientar, apesar de toda problemática que os judeus etíopes enfrentaram e ainda enfrentam até hoje, Israel foi responsável por um dos maiores movimentos imigratórios organizado pelo próprio Estado, de tirarem da África um contingente de etíopes que se encontravam numa situação de vulnerabilidade e os levaram para o Oriente Médio, isso com um objetivo distinto do que se tornou comum na história moderna, pois nenhum etíope foi submetido a trabalho escravo ou a situações semelhantes. Hoje, a comunidade de judeus etíope é uma das mais expressivas no território israelense.

Contradições presentes

Com toda a garantia expressiva nas leis e no cotidiano israelense, é evidente que as garantias não se estendem a todos os grupos sociais que ali habitam. A segunda maior etnia que há na região não desfruta de plenos direitos tal como os judeus israelenses, sejam eles árabes israelenses ou árabes que se encontram na faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Assim, como já citado em supra, minorias referentes a gênero e sexualidade ou não são existentes ou, quando existem, possuem uma visibilidade quase que insignificante, as mulheres em sua grande maioria não possuem a mesma liberdade que os homens exercem.

Porém, há um aspecto em toda essa discussão que é importante trazer a tona que é que os países como o Catar não consideram como muito importante o respeito às agendas políticas minoritárias, diferentemente de Israel, que tem como hábito fazer uma gritante propaganda inclusiva enquanto mantém em péssimas condições possíveis o povo palestino.

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