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Rússia invade a Ucrânia: moradores de várias cidades acordaram com explosões

Ataque russo na Ucrânia

No início da manhã de 21 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que declara que a Rússia agora reconhece internacionalmente as regiões separatistas "DNR" e do "LNR" como independentes. Naquele momento, o presidente Putin iniciou um procedimento de evacuação da população do "DNR" e "LNR" (regiões separatistas que apoiam a Rússia na Ucrânia), e incluiu dar todo apoio a população com moradia, alimentos, e o equivalente cerca de R$1000 reais iniciais a cada pessoa. 

O presidente Putin solicitou que os militares ucranianos deponham suas armas imediatamente e "vão para suas casas". Um estado de emergência foi introduzido na Ucrânia. A Rússia chamou as tropas trazidas de forças para o restabelecimento da paz, livramento da Ucrânia do nazismo e fascismo que ocorre já a 8 anos no país.

"De acordo com o art. 51 da Carta da ONU, com a sanção do Conselho da Federação, decidi realizar uma operação militar especial" disse o presidente Vladmir Putin, "não há como aguentar mais, eles estão ameançando e assasinando o nosso povo nas regiões separatistas da Ucrânia. Quanto tempo mais eu terei que aguentar?". Vamos lutar pela desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", disse Putin ao canal de TV Rossiya-24. A Rússia afirmou antes de iniciar a invasão a Ucrânia, que três bombas lançadas da Ucrânia atingiram a Russa na região de Rostov. 

"Qualquer país que tentar intervir vai sofer consequências nunca vistas antes" - afirma Putin

Na noite de 23 de fevereiro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dirigiu-se aos russos e esclusivamente no idioma russo (antes proibido por lei na Ucrânia em anuncios oficiais na Ucrania), dizendo que não havia necessidade dessa guerra e que o povo da Ucrânia e da Rússia é um só (uma nacionalidade), que ele gosta e respeita a cultura russa, mas isso não foi o suficiente para evitar o que já era esperado.

Poucos dias antes, os líderes dos separatistas dos chamados "DNR" e "LNR" apelaram ao presidente russo, Vladimir Putin, entraram com um pedido de ajuda às tropas na luta armada contra o exército ucraniano.

O presidente Zelensky, anunciou a introdução do estado de emergência no país e também falou sobre as sanções impostas contra a Rússia pelos países ocidentais, que pouco importam para a Rússia no momento após o apoio e acordos com a segunda economia mundial, no caso, a China. A Rússia também afirma que as sanções pela Europa e Estados Unidos iriam chegar de qualquer forma cedo ou tarde.

"A Ucrânia em suas notícias e na vida real são dois países diferentes", disse o presidente Zelensky, informando que os ucranianos não são nazistas e não odeiam a cultura russa. O presidente ucraniano Zelenskiy também disse que não deu ordens para atirar em Donetsk e Lugansk, apesar do país e o exercito ucraniano estar em guerra a 8 anos nas regiões separatistas do país.

"O povo da Ucrânia quer paz e as autoridades da Ucrânia querem paz", disse Zelensky. "Sabemos com certeza que não precisamos de guerra: nem fria, nem quente, nem híbrida."

De acordo com o presidente ucraniano Zelensky, a Ucrânia nunca representará uma ameaça para a Rússia. "A guerra tirará as garantias de segurança para todos", disse ele. O presidente da Ucrânia disse que entrar em contato com Vladimir Putin por telefone em 23 de fevereiro, mas não houve resposta.

Exército Russo

"Precisamos parar antes que seja tarde demais, e se a liderança russa não quiser se sentar à mesa de negociações conosco, talvez eles queiram se sentar à mesa com você”, disse o presidente ucraniano Zelensky, referindo-se aos cidadãos da Rússia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Putin escolheu uma guerra que levará à perda catastrófica de vidas e sofrimento, o que é obvio.

Os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de maneira unificada e decisiva às ações da Rússia, disse o presidente americado Biden.

A Interfax-Ucrânia, citando suas fontes, relata "explosões poderosas" perto do quartel de uma brigada mecanizada em Odessa e Kiev. Explosões também são ouvidas em Kramatorsk, Nikolaev, Berdyansk. Segundo a agência, "as tropas russas estão atacando depósitos militares e outras instalações na Ucrânia".

Kiev Explosão

O Ministério de Situações de Emergência da Ucrânia anunciou os dois primeiros assentamentos perdidos, as aldeias de Melovoye e Gorodishche na região de Lugansk.

O Ministério da Defesa da Rússia afirma que os guardas de fronteira ucranianos "não oferecem nenhuma resistência às unidades russas" e que "os sistemas de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia foram suprimidos". A infraestrutura militar das bases aéreas das Forças Armadas da Ucrânia foi "desativada", segundo o Ministério da Defesa russo. 

Ucrânia rompeu oficialmente relações diplomáticas com a Rússia

Zelesky e Putin

Isto foi afirmado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Ele disse que as autoridades do país estão emitindo e vão distribuir armas para todos os cidadãos e mais de 10000 armas já foram distribuidas para os cidadões de Kiev, não estão solicitando nem documento aos cidadões para entregar as armas.

De acordo com a Rússia, 70000 novos soldados russos estão se preparando para se ingresar. 

O presidente ucrâniano Zelensky convocou o povo da Rússia a protestar: "Para todos que ainda não perderam a consciência, é hora de sair e protestar contra esta guerra, contra a guerra com a Ucrânia", informa a UNIAN. Ele também disse que todos os cidadãos da Ucrânia, armas estão prontas para entregá-los "para proteger terra Ucrâniana".

De acordo com o presidente da Ucrânia Zelensky, agora as forças armadas da Ucrânia estão engajadas em "batalhas realmente pesadas". Ele prometeu suspender as sanções de todos os cidadãos ucranianos que queiram defender o país como parte da defesa territorial.

Pelo menos 40 soldados ucranianos e uma dezena de civis foram mortos nas primeiras horas da invasão russa na Ucrânia, disse hoje um conselheiro do Presidente Volodymyr Zelensky. De acordo com uma atualização do dia 25 de fevereiro, o exercito russo já está na capital Kiev e a cidade Kiev estará sob controle da Rússia brevemente. 

Após os ataques russos em várias regiões do país, os cidadãos começaram a fugir para locais seguros como estações de metro subterranias.

Ucranianos se escondendo da guerra

Em Kiev e em outras cidades, a fila de carros nas estradas para deixar o país é grande e o impacto humano da invasão russa já é bastante visível. Os ucranianos temem uma invasão em larga escala.

Explosão na Ucrânia

Na Rússia a situação atual é de paz e tranquilidade, não há risco para quem está na Rússia no atual momento. A moeda Russa está desvalorizando rápido, já perdeu em 2 dias cerca de 20% do valor.

Na Ucrânia no atual momento nem todo mundo está conseguindo acesso a internet, a disponibilidade de energia eletrica nas cidades também foi reduzida, há um grande ataque de hackers aos sites do governo, e bancos de dados do governo foram excluídos.

A invasão na Ucrânia pela Rússia talvez venha a ser o evento mais transformador da ordem geopolítica global desde a Segunda Guerra Mundial, ou no mínimo, desde a Queda do Muro de Berlim, maior, por exemplo, que o 11 de setembro.

Do ponto de vista do presidente Putin e de muitos russos, após a queda do muro de Berlim, o fim da União Soviética e o acordo nuclear da Rússia com os EUA, a Europa Ocidental e os EUA vêm expandindo sua zona de influência em direção à Rússia, através da União Europeia e da OTAN. A possibilidade de que a Ucrânia entrasse para a OTAN e, por consequência, que os EUA pudessem ter uma base militar lá, representa para os russos, nas palavras do próprio Putin, o equivalente para os americanos de a Rússia montar uma base militar no México ou no Canadá, algo similar à Crise dos Mísseis, em 1962, em CubaPor se sentir ameaçada e por saber que as represálias seriam limitadas, a Rússia não teve opção a não ser invadir a Ucrânia.

EUA e Europa afirmaram que não vão enviar tropas para ajudar a Ucrânia a sair dessa situação. Ambos os EUA e Europa dependem dependem de fertilizantes russos para garantir a produção de alimentos. Após o acidente nuclear em Fukushima, em 2010, e a posterior decisão europeia de reduzir o uso de energia nuclear e aumentar o uso de gás natural, eles passaram a depender ainda mais também do gás natural que vem da Rússia.

Tropas russas na Ucrânia

Em 1994, Rússia, EUA, Ucrânia e Reino Unido assinaram o Memorando de Budapeste, garantindo que nenhuma das 3 nações usaria força contra a Ucrânia e todas respeitariam suas fronteiras. Dois anos depois, a Ucrânia entregou todas suas armas nucleares.

Para piorar, a emergência econômica Chinesa incomodou os EUA, que estimulou a China a se aproximar da Rússia. No conflito na Ucrânia, a China já apoiou a Rússia e acusou os EUA de adotarem uma postura "imoral e irresponsável".

Juntos, China e Rússia têm o maior arsenal nuclear, capacidade de cyber ataque e a maior ou 2ª maior força econômica e tecnológica e exército do mundo. 

China e Rússia têm em comum regimes políticos totalitários. Além disso, a China vê a presença ocidental em Taiwan, que para os chineses parte da China, e em Hong Kong, como uma ameaça similar à que os russos veem na Ucrânia. Não será surpresa se, em breve, a China endurecer o jogo com Taiwan e Hong Kong.

Além disso, a China também tem uma relação conturbada com a Coreia do Sul e o Japão, que abriu mão de ter Forças Armadas, após a Segunda Guerra, se confiando na proteção americana.

Em resumo, abriu-se uma Caixa de Pandora que poderá marcar o início de uma nova era de conflitos significativos entre as potências democráticas ocidentais e as potências totalitárias orientais, com enormes impactos geopolíticos, econômicos e financeiros.

Em 2014 houve um Golpe de Estado na Ucrânia em um governo que era amigo da Rússia, orquestrado pelos EUA. O presidente foi destituído sob acusações tão ridiculas quanto pedaladas fiscais. Quem assumiu a presidência do país foi um neo-nazista que nunca na vida teve cargo politico.

Duas regiões não aceitaram o Golpe e se rebelaram, além claro da Crimeia que foi tomada pela Rússia (também em 2014). Ambos a Rússia e Ucrânia assinaram um protocolo de cessar fogo, mesmo assim a Ucrânia junto com grupos terroristas e neonazistas, continuaram a atacar as regiões de Donestsk e Lugansk.

Desde a época da União Soviética, havia um acordo de que a Otan não avançaria para o leste europeu, porém a mesma tem infringido o acordo e ameaçou colocar mísseis na fronteira com a Rússia. De acordo com o presidente Putin, já há algumas bases da Otan na Ucrânia, porem, elas foram disfasçadas.

Ou seja, os EUA colocam a Ucrânia como bucha de canhão para mostrar a força do império, fazendo com que a Rússia perdesse sua soberania ali.
Vale dizer que a maioria do povo ucraniano foi contra o golpe na Ucrânia, mas existem batalhões neonazistas como o Azov e PravySector, incorporados ao exército ucraniano.

A briga é geopolítica. E quem irá sofrer as consequências será o povo ucraniano, que vão morrer de fome com a pobresa que poderá se alastrar no país, em busca de laços com o império estadunidense e atacados pelos russos. E agora, onde está os EUA e a União Europeia para ajudá-los?

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