Mohammed, responsável pelo navio da Aman, foi impedido de abandonar o navio enquanto a situação da documentação não fosse resolvida.
Mohammed Aisha se viu sem saída para voltar para casa, quando percebeu que os donos do navio passavam por dificuldades financeiras e os operadores do navio não haviam pagado pelo combustível do navio.
Ao passar dos anos, toda a tripulação foi deixando o local e Mohammed ficando completamente sozinho. Mohammed passou 4 anos vivendo no navio apenas vendo outros navios passando por ele.
Mohammed Aisha não tinha contato com ninguém da sua família, exceto pelo o seu irmão que conversava por telefone e passava as vezes de barco para acenar para Mohammed. Tudo piorou quando em 2018 a mãe de Mohammed chegou a falecer. Sua saúde mental já estava completamente abalada e Mohammed chegou até pensar em tirar sua vida.
Quando mais tempo passava que Mohammed ficava sozinho no navio ele sentia mais infeliz e debilitado. Mohammed até comparou os dias e noite no Aman com um caixão, ele disse que é tudo deserto e silencioso.
Em 2020, houve uma tempestade no qual tirou Mohammed do seu ancoradouro, e acabou encalhando perto da costa, no início Mohammed ficou com muito medo, mas logo em seguida teve a ideia de nadar até a praia. Chegando a praia, Mohammed encontrou um lugar para carregar o seu celular e comprou alimentos.
O advogado de Mohammed diz que esse caso é algo a ser refletido sobre os abusos de empresas marítimas. Na Síria há muitos casos muito parecidos com o caso do Mohammed.
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